Este projeto tem origem em 2011, momento no qual Carmina
Repas Gonçalves e Antony Fernandes decidem dedicar a sua formação e vida
profissional à cultura e património musical portugueses. Profundamente apaixonados
pela identidade cultural portuguesa partem para a Suécia em busca de conhecimento,
estudando numa escola de música tradicional sueca e travando contacto e diálogo
com especialistas na área da preservação, ensino e desenvolvimento da tradição.
Como consequência desse processo e depois de muitas reflexões e experiências,
começam a estruturar o seu projeto no qual a tradição, o ensino e a performance
andam de braço dado.
Sob a tutela do Projecto Cardo criam então, em primeiro
lugar, o duo Cardo-Roxo que se dedica à performance de música tradicional
portuguesa e, mais tarde, Cardo-Amarelo, com a função e a responsabilidade de
contactar diretamente com a população, numa simbiose na qual dá tanto como
recebe.
Apesar de considerarem fundamental existir um local de
permanência do projeto (neste caso uma pequena escola), a verdade é que não se
pretende que Cardo-Amarelo fique encerrado em si mesmo. Assim sendo, esta
escola abrirá portas a pessoas de todas as idades e contextos culturais, uma
vez que a mesma procura ser um reflexo da complexidade da própria sociedade e
cultura portuguesas, na qual se fomenta a convivência de diferentes gerações e saberes.
A música de tradição oral portuguesa pertence a todos e, como tal, qualquer
pessoa pode contribuir para a preservação, desenvolvimento, estudo e divulgação
da mesma.
Quem se dirigir às novas instalações, poderá, a partir de dia
12 de Outubro, ter acesso a uma boa
oferta de aulas semanais entre as quais estão: canto, percussão, gaita-de-foles
e cordas dedilhadas (aulas particulares), classe de conjunto, coro infantil,
coro de adultos e iniciação à música tradicional. Cardo-Amarelo conta assim com
um grupo de especialistas dos variados estilos, instrumentos e técnicas da
música tradicional portuguesa que constituirão o corpo docente, ou que virão,
no momento certo, enriquecer o curriculum académico e artístico dos alunos.
Além do trabalho que será desenvolvido nas instalações da nova
escola pretende-se, à semelhança do trabalho desenvolvido com a ADRITEM no Há
Festa na Aldeia, fazer intervenções sociais, educativas e artísticas (sempre
através das tradições portuguesas) num modelo itinerante. Por fim, devido à
natureza da sua proposta pedagógica e artística, Cardo-Amarelo esforçar-se-á
por fomentar a inclusão do espaço da escola na vida quotidiana das comunidades
vizinhas, convidando-as a envolver-se e a abraçar este projeto que também é seu.
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Cardo-Amarelo